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Recesso Forense em Dezembro: Por Que a Maioria dos Empresários Vai Entrar em 2026 Vulnerável

  • Foto do escritor: Equipe Meneghel Advogados Associados
    Equipe Meneghel Advogados Associados
  • há 2 dias
  • 5 min de leitura

Hoje é primeiro de dezembro e eu preciso falar sobre algo que a maioria dos empresários descobre tarde demais. A partir de 20 de dezembro, o sistema jurídico brasileiro entra em recesso. Escritórios fecham, cartórios funcionam em escala mínima, registros travam. E tudo que você precisava resolver fica esperando janeiro.


O problema é que janeiro não é mês de planejar. Janeiro é mês de executar. E se você chega em janeiro sem estrutura jurídica, passa o ano inteiro correndo atrás do prejuízo.

Trabalho com direito empresarial há anos e todo ano vejo o mesmo filme. Empresários passam novembro inteiro adiando. Dezembro chega e eles continuam adiando. Quando finalmente decidem agir, o recesso já começou. Aí descobrem que aquele contrato importante que vencia em dezembro não foi renovado. Que o fornecedor sumiu. Que o sócio quer sair mas não existe acordo formal. Que a documentação está desatualizada e a multa já chegou.


E aí vem a frase clássica: eu não sabia que isso podia acontecer.

Mas você sabia. Você só escolheu acreditar que comigo não vai acontecer. Até acontecer.

O recesso forense não é invenção de advogado para criar urgência. É calendário oficial. Prazos processuais ficam suspensos. Cartórios trabalham no mínimo. Registros não andam. Protocolos não são aceitos. E como a maioria dos serviços jurídicos empresariais depende de registro, protocolo, formalização, tudo para.


Você pode ter o melhor advogado do Brasil, o melhor contrato do mundo, o acordo mais bem redigido da história. Mas se não registrar antes do recesso, só em janeiro. E janeiro você já está operando vulnerável.

Vou te dar alguns exemplos reais do que acontece quando empresários ignoram o recesso.


Empresário tem contrato de locação comercial que vence em dezembro. Deixa para renovar em janeiro. Proprietário encontra outro inquilino que paga mais. Empresário perde o ponto comercial que construiu há cinco anos. Prejuízo incalculável.

Dois sócios trabalham juntos há três anos. Confiam um no outro. Nunca formalizaram acordo societário. Um deles se casa. Regime de bens é comunhão parcial. A esposa agora é tecnicamente sócia sem nunca ter colocado dinheiro na empresa. O outro sócio descobre isso tarde demais. Vira briga. Depois vira processo. Empresa quebra.


Empresário tem contrato de prestação de serviços com cláusulas vagas. Cliente não paga. Contrato não define claramente penalidades. Advogado olha e fala: esse contrato não protege você. Processo vai ser difícil. Cliente some com 80 mil reais. Empresário paga advogado para tentar recuperar. Gasta mais 30 mil no processo. No final, não recupera nada.


Empresa cresce rápido. Contrata vários prestadores como PJ. Mas os prestadores fazem função de CLT. Jornada fixa, subordinação, exclusividade. Um deles processa. Pede reconhecimento de vínculo. Justiça reconhece. Empresa paga retroativo, férias, 13º, FGTS, multa. Mais de 100 mil reais. Poderia ter sido estruturado corretamente desde o início.

Isso não é exceção. É rotina.


A diferença entre empresário que cresce dez anos seguidos e aquele que quebra no terceiro ano não é talento. Não é sorte. Não é capital. É estrutura jurídica.

Empresário sem estrutura jurídica é como prédio sem alicerce. Aguenta um andar. Aguenta dois. No terceiro, desaba.

E o pior é que você VAI crescer em 2026. Você VAI faturar mais. Você VAI ter mais clientes. Mas se sua estrutura jurídica for fraca, esse crescimento vai virar o maior problema da sua vida. Porque crescer sem proteção é crescer para dentro do prejuízo.


Agora vamos falar do que acontece especificamente com quem ignora o recesso de dezembro.

Você tem 15 dias úteis para resolver qualquer questão jurídica antes que o sistema trave. Do dia primeiro ao dia 15 de dezembro. Depois disso, escritórios começam a fechar, cartórios reduzem atendimento, ninguém formaliza nada importante. E a partir de 20 de dezembro, trava de vez.


Se você tem contratos que vencem no início de 2026 e não revisou, você está em risco. Locação comercial, prestação de serviços, acordos com fornecedores. Se vence em janeiro, fevereiro ou março e você não negocia renovação agora, pode perder o contrato. Ou pior, renovar nas condições que o outro lado quiser porque você está sem tempo.

Se você não tem acordo entre sócios formalizado, você está sentado numa bomba relógio.

Vocês podem confiar um no outro hoje. Mas e se um de vocês casar? Divorciar? Ficar doente? Querer sair? Morrer? Sem acordo formal, qualquer um desses eventos vira processo. E processo entre sócios é caro, demorado e quase sempre mata a empresa.

Se sua documentação está desatualizada, você está irregular. Contrato social com endereço antigo. Capital social que não reflete a realidade. Sócio que saiu mas ainda consta no registro. Isso pode gerar multa, impedir empréstimo, travar participação em licitação, bloquear contas. E se você não regularizar até 15 de dezembro, só em janeiro.


Se você tem contratos importantes que precisam de registro em cartório e não registrou, eles podem não ter validade plena. Contrato de locação não registrado não vale contra terceiros. Garantia real não registrada não vale. Cessão de direitos não registrada pode ser questionada. E se você não registrar antes do recesso, fica vulnerável até janeiro.


Eu não estou aqui para te pressionar. Você é adulto, empresário, sabe das suas responsabilidades. Mas eu preciso te avisar. Se você não agir nos próximos 15 dias, você vai entrar em 2026 exatamente como entrou em 2025. E se 2025 foi no improviso, 2026 será também.


A maioria dos empresários só procura advogado quando o problema já aconteceu. Contrato já venceu. Sócio já processou. Cliente já sumiu com dinheiro. Fiscal já multou. E aí o advogado vira bombeiro. E bombeiro jurídico cobra caro. Porque apagar incêndio é mais difícil que prevenir.

Consultoria preventiva sempre sai mais barato que remediar. Sempre. Um processo trabalhista pode custar 80 mil reais. Uma briga societária pode custar 200 mil. Um contrato mal feito pode custar sua empresa inteira. E tudo isso pode ser evitado com estrutura jurídica adequada.


Mas a maioria não quer ouvir isso. Porque estrutura jurídica não dá resultado imediato. Não aumenta faturamento amanhã. Não traz cliente novo na semana que vem. É investimento invisível. Até virar visível do jeito errado, quando o problema explode.

Dezembro é o último mês que você pode agir antes de 2026. E você tem 15 dias úteis. Depois disso, o sistema para. Escritórios fecham. Cartórios travam. E você espera janeiro para resolver o que deveria ter resolvido em novembro.


Eu vou te fazer algumas perguntas e você responde mentalmente.

Seus contratos principais estão atualizados? Você sabe quais contratos vencem no início de 2026? Você tem acordo formal entre sócios por escrito? Seu contrato social reflete a realidade atual da empresa? Sua documentação fiscal está em dia? Você tem cláusulas claras de rescisão, multa e inadimplência nos seus contratos? Você sabe o que acontece se um sócio quiser sair, casar, divorciar ou morrer?


Se qualquer resposta for não ou não tenho certeza, você sabe que tem um problema. E você tem 15 dias para resolver.

Depois do dia 15, começa a debandada. Fornecedores entram em férias. Clientes viajam. Escritórios reduzem atendimento. Cartórios trabalham no mínimo. Ninguém assina nada importante. E depois de 20 de dezembro, trava tudo. Só volta em janeiro.


E janeiro você já está operando. Comprando. Vendendo. Contratando. Crescendo. Tudo sem proteção jurídica adequada. Tudo no improviso. Tudo torcendo para não dar problema.

Até dar.

Porque problema não escolhe mês. Problema não espera você estar preparado. Problema aparece. E se você não tem estrutura, problema vira prejuízo.


Advogado bom não é aquele que você liga chorando às 23 horas da noite porque o fornecedor sumiu, o sócio processou, o cliente não pagou. Advogado bom é aquele que você consulta ANTES de assinar qualquer coisa. É aquele que revisa seus contratos todo ano. É aquele que estrutura sua empresa para crescer com segurança. É aquele que te faz dormir tranquilo porque você sabe que está protegido.


A escolha sempre foi sua. Novembro passou e você não fez nada. Tudo bem, não dá para voltar no tempo. Mas você ainda tem dezembro. Você ainda tem 15 dias. Use com sabedoria.

Porque depois do dia 15, acabou. Recesso. Só em janeiro. E janeiro você já está correndo atrás do prejuízo.

Você foi avisado.


MENEGHEL ADVOGADOS ASSOCIADOS

Direito Imobiliário e Empresarial

Nova Odessa e Região Metropolitana de Campinas

Consultoria preventiva sem juridiquês


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